1/22/08

População de Cabo Delgado e do Norte de Moçambique mais afetada por doenças intestinais.

22/o1/08 - Maputo - TribunaFax - Parasitoses intestinais graves no País - O Ministério da Saúde, MISAU, levou a cabo, de 2005 a 2007, um estudo sobre a distribuição de parasitoses intestinais e bilharziose em criancas escolares, tendo concluido que, depois da malária, ocupam o segundo lugar, em termos de importância, na saúde pública.
Em termos globais, a taxa de prevalência de parasitoses, no País, é de 53,3 porcento, o que significa que, em cada grupo de 100 crianças do EP1, EP2 e EPC, 53 têm parasitoses intestinais. A taxa de prevalência de bilharziose urinaria é de 47%, facto que significa que, em cada grupo de 100 crianças do EP1, EP2 e EPC, 47 apresentam parasitoses intestinais. De acordo com Gerito Augusto, do Instituto Nacional de Saúde, dos 128 distritos, 75 são endémicos às parasitoses intestinais, sendo as crianças as mais vulneráveis, devido ao seu hábito de vida e higiene. Os principais parasitas são lombrigas e trichiura.
Os principais sinais de manifestação das parasitoses é a falta de apetite, irritabilidade e ou apatia, dores e desconforto abdominais, náuseas, vómitos e diarreia.
As províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula e Zambézia são as mais afectadas, enquanto as cidades Quelimane, Beira e Chimoio, estão afectadas.
“As regiões Centro e Norte do País são as mais afectadas, o que pode estar associado às desigualdades económicas. Podemos notar que, quando mais saimos da zona Norte em direcção ao Sul, as taxas tendem a baixar”, explica Augusto, frisando que as parasitoses intestinais afectam, sobretudo, indivíduos que vivem em condições precárias de higiene e saneamento do meio ambiente.
Este estudo abrangeu cerca de 83 mil estudantes dos seis aos 23 anos de idade de 1ª a 7ª classe.
Refira-se que este constitui o primeiro levantamento, depois da Independência e tinha como principais objectivos determinar a prevalência de parasitoses intestinais e da bilharziose, em crianças escolares, identificar os parasitas intestinais mais frequentes, bem como elaborar mapas de distribuição de parasitoses intestinais e bilharziose. (NN)

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